Futebol, alegria e uma cachacinha
- lauramascena
- há 5 dias
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Partiu hoje o Papa Francisco. Antes de ser o supremo pontífice atendia por Cardeal Jorge Mario Bergoglio. Nasceu em Buenos Aires, era louco por futebol e um torcedor apaixonado do San Lorenzo. Para a sua felicidade ainda chegou a ver a seleção argentina, durante o seu papado, tornar a ser campeã mundial em 2022. A última vez que a Argentina tinha sido campeã foi em 1986.
Em 2015, numa visita à Roma, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburrido, presenteou Sua Santidade com o nosso Manto Sagrado, a camisa do Sport Club do Recife, para a minha alegria. O Papa colecionava camisas de times de futebol e por duas vezes recebeu as do Leão da Ilha como presente.
Eu vi o papado de três papas. Sem dúvidas, Francisco era o mais leve, simpático e humano de todos. Quebrava protocolos, privilegiava a simplicidade em detrimento da pompa e circunstância da Igreja Católica de outrora. Também foi o primeiro papa Sul-americano e o primeiro Jesuíta (embora eu não entendesse o que isso significava) o que foi determinante num papado de valores modernos, que se opunham aos das igrejas neopentecostais de hoje.
Em 2024 minha sobrinha Marcela viajou junto com o marido para Roma, onde pediram ao Santo Padre conselhos para recém-casados. Ele respondeu: “Alegria... e uma cachacinha!” Amém, Papa Francisco. Receba no Etéreo o respeito e a admiração desta agnóstica, que hoje vai lembrar do seu legado com alegria. E brindar com uma cachacinha.
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